HISTÓRIA

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Alberto Pasqualini foi criada com a denominação de Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Senador Alberto Pasqualini, pelo decreto número 28 de 25/6/1957, no governo municipal do Dr. Leonel Brizola. Inicialmente a escola funcionava com o 1º grau incompleto (da 1ª a 5ª séries primárias) e localizava-se na Vila Santa Luzia, onde hoje é o Bairro Glória.
No período de 1973 a 1975, a escola foi desativada, devido à mudança da Vila Santa Luzia para a então nascente Vila Restinga. Os educadores da escola foram redistribuídos entre as escolas municipais existentes em Porto Alegre e alguns vieram para a Escola Municipal de 1º grau Dolores Alcaraz Caldas. Em março de 1976, as educadoras Hilária e Adélia, sob direção da educadora Olga, iniciaram as matrículas para as crianças que ingressariam na escola da II Unidade da Restinga. Em Abril, foram contratados pela SMEC, os educadores que iniciaram as aulas na sede do ginásio do CECORES. A escola retomou suas atividades didáticas, tendo em sua direção a educadora Hilária Pontello Badke e a vice-diretora Adélia Riet.
No dia 11 de setembro de 1976 o atual prédio da escola foi entregue à comunidade pelo prefeito, Dr. Guilherme Socias Villela. Reiniciava-se assim, a atividade regular da escola, tendo turmas do Jardim de Infância até a 5ª série.
Em 1977, criou-se a 6ª série, em 1978 a 7ª série e em 1979 a 8ª série, completando-se, assim, o 1º grau. O nome da escola é alterado para “Escola Municipal de 1º Grau Senador Alberto Pasqualini”. Neste ano foram criados a Biblioteca e o ensino noturno, fazendo parte do projeto Mobral, posteriormente transformado em ensino regular noturno de 5ª a 8ª séries. Foi também criada a Classe Especial, primeira turma de inclusão formada por educandos oriundos da Escola Especial Tristão Sucupira Viana.
Em 1986, realizou-se a 1ª eleição direta para a direção, sendo escolhido o educador Paulo Luiz Baumgarten e como vice-diretora a educadora Carmem Beck Leite. Durante a gestão do educador Baumgarten, no governo do Dr. Alceu Collares, a escola teve os seguintes melhoramentos: construção de mais 04 salas de aula, construção do refeitório, reativação do laboratório de ciências e da banda da escola que realizou várias apresentações na comunidade. A Classe Especial foi absorvida pelo Serviço de Educação de Jovens e Adultos (SEJA), que funcionaram com turmas de totalidades iniciais paralelamente às turmas regulares de 5ª a 8ª séries até o ano 2000. Através do CPM, foi adquirido um aparelho de vídeo cassete e um televisor, que equiparam a primeira sala de audiovisual da escola. A administração do educador Baumgarten durou dois mandatos (1986 a 1992). Para o segundo mandato houve disputa eleitoral com a chapa formada pelos educadores Paulo de Tarso e Adão Pinheiro. As suas principais contribuições pedagógicas foram a criação das salas-ambientes e o estímulo à informatização da Escola.
Em Dezembro de 1992, foi eleita para a direção a educadora Brasilina Pereira Cabral e como vice-diretora a educadora Lídia Maria Bettio Redivo (1993 a 1995). Como importantes realizações desta direção, tivemos a implantação dos cursos de Datilografia e Office-boy, em parceria com SENAC, a aquisição do primeiro computador da escola, doado pelo CPM para a secretaria iniciar o processo de informatização. Em 03 de Setembro de 1992 foi criado o Grêmio Estudantil. Em 1993 aconteceu o I Seminário Interno: “Repensando a Prática Pedagógica”, a I Mostra de Talentos e a I Rústica, eventos até hoje presentes no Calendário Escolar. Em 1994, no governo do prefeito Olívio Dutra, ocorreu a participação da escola no 1º Congresso Constituinte: “A escola que temos e a escola que queremos”. Em 1995 aconteceu o projeto de qualificação pedagógica e implantou-se o projeto de oficinas de sexualidade.
Em dezembro de 1995 foi escolhida como diretora a educadora Lídia Maria Bettio Redivo com duas vice-diretoras: Marisa Pinto Pereira e Maria Lúcia Dutra (1996 a 1998). Esta gestão promoveu ações como a participação da escola no Campeonato Garoto Bom de Bola, a criação das oficinas de atletismo, do projeto Largada do Cigarro, o ciclo de palestras sobre violência escolar, a participação da escola com artigos no 1º jornal da Restinga, o projeto Regras de Convivência, o ciclo de palestras sobre limites e o Projeto Recreação e Lazer.
Em Dezembro de 1998 foi eleita a educadora Marisa Pinto Pereira, tendo como vice-diretores Berenice Michels e Alcides Almeida (1999 a 2001). Esta gestão iniciou o estudo sobre os Ciclos de Formação, reorganizou as regras de convivência, iniciou o projeto Mães do Recreio, a pesquisa sócio-antropológica e o estudo sobre as fontes epistemológicas e filosóficas do currículo. Em 2000 a escola não havia decidido trabalhar com o sistema de Ciclos de Formação, pois ainda estava promovendo estudos sobre o assunto, mas este sistema foi implantado por determinação da SMED. O conceito de progressão continuada não foi aceito pelo coletivo, mas acabou sendo vivenciado por imposição política, o que acarretou incompreensões e resistência por parte do corpo docente. A escola organizou seu trabalho pedagógico por Complexo Temático. Ao mesmo tempo, o ensino regular noturno foi transformado em SEJA (Serviço de Educação de Jovens e Adultos). A gestão da educadora Marisa foi marcada por sua característica pessoal de acolhimento em contrapartida aos crescentes conflitos de diálogo com a mantenedora. Em 2001 inaugura-se a sala de informática com o nome do educador Paulo Baumgarten.
Em dezembro de 2001 assumem a educadora Berenice Michels como diretora e seus vice-diretores Alcides Almeida e Rosângela Remião Russo (2002 a 2004). Esse grupo retomou as regras de convivência, propôs o projeto das Turmas de Apoio, implantou as reuniões pedagógicas por ano ciclo, ampliando o espaço de planejamento coletivo, instituiu a avaliação trimestral por objetivos, implantou o sistema de arquivo passivo e corrente da documentação do alunado e iniciou a construção do PPP de forma mais sistematizada.
Em 2004 foram eleitas a educadora Lídia Maria Bettio Redivo e suas vice-diretoras Rosângela Remião Russo e Erotildes Veris Kluve (2005 a 2007). Esta gestão continuou com a proposta de elaboração do PPP e Regimento Escolar. Destacam-se ainda nas suas ações o Projeto Brincando na Escola, a formação de parcerias com a comunidade, o Projeto de Educação Ambiental, a criação da sala multimeios, a ampliação do espaço da biblioteca, a unificação do dossiê pedagógico e a informatização da vida escolar do educando, o projeto de divisão de verbas por ano-ciclo, EJA e setores, alteração da grade curricular, incentivo a projetos como Para e Lê, Recrear, Adote Um Escritor, Semana Farroupilha, Sarau Poético Musical, Instituto Ronaldinho Gaúcho, Instituto Ayrton Senna, TAB para turmas de transição e Escola Aberta.
Em 2007 tivemos eleições para direção com uma disputa de duas chapas: chapa 2 composta pelos educadores Sueli José da Silva, Alcides Almeida e Silvana Ferrari e chapa 1, que foi vitoriosa, composta pelas educadoras Berenice Michels, Lídia Maria Bettio Redivo e Erotildes Veris Kluve. Esse processo eleitoral, com participação de duas chapas, fato que não ocorria havia muitos anos na Escola, também serviu para desacomodar as pessoas, trazendo consequências positivas, em função da exigência de maior eficiência administrativa e participação nas decisões, acarretando maior responsabilidade com os rumos da Escola por parte de toda comunidade envolvida.
A gestão 2008-2010 está sendo marcada pelas seguintes realizações: manutenção dos projetos existentes e participação em outros como Robótica, Mais Educação do MEC, Cidade Escola, formações pedagógicas integradas com as escolas da região; cursos de alemão, francês, italiano e karatê, estímulo à conclusão do PPP e Regimento Escolar; inauguração da quadra poliesportiva coberta, projeto de escola, defendido por praticamente todas as gestões anteriores junto à prefeitura e em fóruns como o Orçamento Participativo;Reativação do Grêmio Estudantil, acolhimento da Sala de Integração e Recursos (SIR), do ônibus Sorrisão Marista, que realizou atendimento odontológico da comunidade e do curso pré-vestibular, em parceria com a UFRGS.
Uma característica importante da Escola é sua capacidade de união em torno de propostas e objetivos que considera importantes e de realizar disputas de forma muito posicionada na defesa de seus pontos de vista, além da reconhecida capacidade de saber e de fazer.
Os avanços observados nos últimos anos permitem visualizar um quadro de constante superação das dificuldades e expectativa de consolidação dessa Escola como uma referência local e regional em qualidade na educação, entendida como qualidade os pressupostos elencados neste Projeto Político-Pedagógico.