Os exemplares fazem parte do Projeto Memória, idealizado pela Fundação Banco do Brasil em parceria com da Petrobrás.
O marinheiro João Cândido Felisberto, o Almirante Negro, um dos líderes da Revolta da Chibata é o homenageado desta edição do Projeto que conta também com o apoio da Associação Cultural do Arquivo Nacional. Filho de ex-escravos, João Cândido entrou para a Marinha aos 15 anos. Em 1910, junto com seus companheiros se rebelou contra as injustiças na Marinha. Os marinheiros exigiam melhoria no soldo, alimentação digna e o fim da prática da chibata nos navios brasileiros. O levante parou o Rio de Janeiro e a cidade ficou sob a mira dos canhões dos mais modernos navios de guerra do mundo. O governo cedeu aos rebeldes e anistiou-os. Foi o fim da chibata na Marinha brasileira. No entanto, as autoridades mudaram de ideia e a anistia foi invalidada dias depois de concedida. João Cândido e seus companheiros foram preso se expulsos da corporação. Alguns líderes foram mortos. João Cândido morreu em 6 de dezembro de 1969 e deixou ao País um legado de luta pelos direitos humanos.
O segundo homenageado é Cândido Mariano da Silva Rondon, que teve primordial atuação na integração nacional. À frente da implantação de linhas telegráficas, o Marechal tornou-se um pacifista defensor de populações indígenas. Em sua luta adotou o lema "Morrer se preciso; matar, nunca! e gerou uma nova relação entre o Estado e os indígenas.
Descendente de índios, Cândido Rondon nasceu em maio de 1865, em Mimoso, distrito próximo à Cuiabá. Estudou engenharia, Matemática e Ciências Físicas e Naturais. Na Escola Superior de Guerra. no Rio de Janeiro, concluiu o curso de Engenharia-Militar.
Os dois conjuntos pedagógicos são compostos por almanaque histórico, guia de orientação ao professor, cartaz e DVD com todas as peças que compõem o Projeto.
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